Em uma noite cheia de tropeços e que teve até um "samba-frevo", esperamos até quase o amanhecer para enfim soltar o grito de "é campeã!"
A Vila Isabel foi absoluta. Embalada pelo samba maravilhoso de Martinho da Vila, Arlindo Cruz e parceiros, a escola de Noel, contou a história do Brasil rural, botou água no feijão, fez o público delirar e aplaudir de pé o colorido e perfeito carnaval de Rosa Magalhães.
A São Clemente abriu a noite com as novelas da Globo e fez um desfile desanimado, cheio de erros, alas vazias e carros inacabados. A Mangueira perdeu para ela mesma. Homenageou Cuiabá lindamente, mas exagerou nas longas paradinhas das suas duas baterias, errou na evolução, na harmonia e atrasou 6 minutos. A Beija Flor contou a história do cavalo e a Imperatriz falou do Pará, mas ambas abriram enormes buracos durante o desfile. A Grande Rio falou do petróleo, seus benefícios e danos, mas o samba aceleradíssimo, quase um frevo, pode tirar o tão sonhado título da escola de Caxias, que correu do início ao fim. No final, a emoção floresceu e a Vila saiu da avenida aclamada pelo público, que cantou feliz: "Vila, chão da poesia, celeiro de bambas."