quarta-feira, 3 de novembro de 2010

OS VELHOS SINAIS

Por Ricco Duarte

De repente começamos a nos tratar como estranhos. Isso havia acontecido antes, varias vezes, com outros personagens, mas agora era diferente. Não nos olhavamos mais nos olhos, falavamos por metaforas e as poucas frases que trocavamos eram formais, curtas, monossilabicas. Entendi os velhos sinais imediatamente e não deixei ir longe, era o fim. Não deixaria dessa vez que fosse o inicio do fim. Não iria sofrer dessa vez comos das outras, tentando entender os silencios, deixando o tempo correr, para que ele, o tempo, consertasse aos poucos os desacertos, que eu imaginava sempre que fossem passageiros. Dessa vez não, pus um ponto final na historia de uma vez. Fiz as malas, bati a porta, joguei as chaves fora e não olhei mais para tras. A vida mais uma vez seguiria agora, de uma vez por todas, para frente.

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