sábado, 21 de novembro de 2009

COITADA

Na boca daquela moça
Eu não valia nada
No coração dela
Eu era uma piada
Coitada daquela moça
Coitada!
Hoje, naquela boca calada
Naquele coração surdo
Vejo uma moça atrapalhada
Sem norte
Sem rumo
A tatear no escuro
Da sua alma cansada
Das noites sem travesseiro
E das suas manhãs nubladas.
Assim vai seguir a moça
Até o final dos tempos
Sem força
Sem lava
Refém do meu silêncio
Ausente do meu perdão
Longe da minha graça
Coitada!