Ontem, a seleção brasileira de futebol foi oficialmente convocada e o país parou, para saber quais são os vinte e tres jogadores, que irão defender a pátria na próxima copa do mundo na Africa do sul. Na lista de jogadores convocados pelo técnico Dunga, não houve, como era esperado, grandes surpresas. O Adriano se desconvocou, o Ronaldinho Gaúcho também e, essas desconvocações já eram de uma certa forma esperadas. O técnico resolveu não arriscar e manteve praticamente a mesma equipe que disputou os últimos amistosos da seleção no início do ano. Os precocemente idolatrados garotos da Vila Belmiro, Neymar e Ganso, podem esperar até 2014, quando provavelmente a copa será no Brasil, se não houver contratempos, dado que FIFA já deu o alerta sobre o atraso das obras nos estádios e aventou inclusive com a possibilidade da Inglaterra vir a substituir o Brasil. Portanto, que a pátria de chuteiras e que só se lembra do seu patriotismo e de cantar o hino nacional a cada quatro anos, que sossegue. A copa não virá este ano. Em 2014, caso a copa seja no Brasil mesmo, a seleção terá que ganhar a qualquer custo, pois só assim iremos esquecer a decepção de 1950, quando perdemos em casa para o Uruguai, em pleno Maracanã. Pois bem, seria muito chato ganhar agora e também na próxima, e a FIFA que não é boba sabe muito bem disso, a CBF também. Para o bem do futebol tem que haver um rodízio de campeões. Porisso sosseguem, a seleção burocrática do Dunga, repleta de jogadores reservas em seu clubes e/ou saindo de lesões graves, não pode trazer o título desta vez e Dunga não só sabe disso como é pago para isso. Para um jogador que nunca foi técnico e logo de cara já começou treinando a seleção brasileira de futebol, ele já foi longe demais. Ganhou a Copa América e a das confederações, mas a do mundo não pode nem vai ganhar. Vamos deixar a catarse coletiva para 2014, caso os dirigentes e os políticos trabalhem direito e consigam realizar a Copa em terras canarinhas. Este ano é ano de eleição. Não vamos cair de novo no famoso truque da Copa do mundo, quando o país pára, enquanto nos bastidores da Alvorada e seus congêneres estaduais, "impolutos senhores" armam as suas tramas excusas. O Brasil não precisa de mais um título para se fazer grande, não agora. O Brasil precisa agora estar de olhos e ouvidos bem atentos para ética, transparência, justiça social, honestidade, que nos tem faltado ao longo dos últimos anos. O povo segue ainda carente de um sistema educacional decente, de uma sistema de saúde eficaz, e de políticos que amem este país e que tenham a ficha limpa. Aí sim, o Brasil se fará realmente grande e muitos outros títulos virão, mas este ano não, não no futebol, acorda Brasil!
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