Primeiro de maio de 1994, domingo, acordo tarde e corro para a sala, ligo a televisão para ver a corrida que já havia começado fazia tempo. Pensei com os meus botões, que pelo menos eu poderia ver a bandeirada final, com Ayrton cruzando mais uma vez a linha de chegada como fez tantas vezes, apesar de que naquele ano, o início da temporada não estava sendo muito bom para ele, pois até então nenhuma vitória, portanto deveria ser naquele domingo, dia do trabalhador. Incrédulo e atordoado ainda com a ressaca da noite anterior, escutei da cozinha enquanto colocava a água do café no fogo, o repórter da rede Globo dizer emocionado: "esta é a notícia que eu jamais gostaria de dar, morreu Ayrton Senna". Aquela foi a noticia que nenhum brasileiro gostaria de escutar. Morreu Ayrton Senna, o maior brasileiro da nossa história recente, o esportista que nos enchia de orgulho a cada vitória, erguendo a bandeira brasileira, elevando a nossa auto estima tão combalida naquela época. Morreu Ayrton no dia do trabalho, fazendo o que mais gostava de fazer, morreu trabalhando e nos deixou a todos, orfãos da sua fibra e da sua capacidade de lutar até o fim, da sua honradez como profissional, da sua ética como homem, irmão, amigo e patriota, qualidades que esse país ainda luta para conquistar. Exemplo de dignidade para todos nós, Ayrton Senna do Brasil estará para sempre no meu e no coração de todos os seus fãs, seus eternos admiradores.
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