- Ricco, corre aqui na sala, está dando na televisão que estão atacando os Estados Unidos.
Eu estava tomando café, quando o Gustavo chegou à porta da cozinha com esta notícia. Gustavo era um amigo baiano, ator, que dividia comigo um apartamento em Botafogo, onde eu morava. Corri pra frente da TV a tempo de ver o segundo avião atingir a segunda torre. As torres gêmeas do World Trade Center em Nova Iorque, estavam em chamas. A primeira também tinha sido atingida por um avião de passageiros de uma companhia americana, as informações chegavam confusas e o mundo inteiro estava atônito com aquelas imagens. O país mais poderoso do planeta acostumado a atacar o território inimigo ou não, estava vendo agora, o seu próprio território sob ataque. Quando a poeira baixou, depois que as torres vieram ao chão, fazendo milhares de vitimas fatais, os fatos começaram a se esclarecer. Era o atentado terrorista de onze de setembro, que atingiu também o Pentágono. Eles atacaram de uma só vez, o maior símbolo financeiro do mundo e também, o centro militar da maior e única super potência do planeta até então. Depois daquele dia, o mundo não seria mais o mesmo. O meu primeiro pensamento foi de que a terceira guerra mundial estava começando. A guerra mundial não veio naquele momento, mas os Estados Unidos invadiram primeiro o Afeganistão e depois o Iraque, na tentativa de punir os possíveis culpados por aquele atentado, cujo chefe era um tal de Osama Bin Laden, que não foi encontrado até agora. Os americanos começaram então uma carnificina naquele lado do planeta, prenderam, julgaram e enforcaram o presidente e ditador iraquiano, Sadan Hussein e os seus parceiros, e viram, com os milhões e milhões de dólares gastos naquela missão, na qual perderam a vida também milhares de soldados americanos, a sua economia ir lentamente para o buraco, sob o comando do então presidente George W. Bush. Com o tempo, o nível de desemprego da nação mais poderosa do mundo foi aumentando, e a moeda norte americana começou a desvalorizar em todo o mundo. A médio prazo, ganhar em dólar não seria mais um bom negócio.
"Trecho de um romance que escrevi em 2008, onde relato a minha experiência como músico em navios de cruzeiro de uma companhia americana."
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