Nos anos noventa eu fui músico residente do Vinícíus show bar, em Ipanema, aqui no Rio, abrindo sempre os shows da casa de quinta a domingo. Por lá passaram grandes nomes da música popular brasileira. Posso citar aqui alguns artistas de primeira linha, que eu tive a honra de abrir os shows, como Baden Powell, Johnny Alf, Sebastião Tapajós, Elza Soares, Doris Monteiro, Quarteto em Cy, Nelson Sargento, Dona Ivone Lara, Dorina, Carlos Lyra e o inesquecível Billy Blanco. Com Billy aprendi muito, humildade e bom humor eram a sua marca registrada. E a sua música, cheia de ritmo e poesia, deixava o público sempre mais leve ao final de cada show, abrilhantado por histórias engraçadas, vividas por ele, na sua longa carreira de compositor. Infelizmente poucos conhecem a obra de Billy Blanco, que também era arquiteto e para quem escrevi esse samba.
https://soundcloud.com/ricco-duarte-autorais/o-arquiteto-do-samba
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O ARQUITETO DO SAMBA
(Letra e música de Ricco Duarte)
O PISTON TOCAVA NA GAFIEIRA
PRA DAGMAR SAMBAR
METIDA NUM VESTIDO SACO
NAS MÃOS DE UM RAPAZ
QUE NÃO DAVA MÃO A PRETO
MAS PASSOU UM APERTO
AO CAIR LÁ DO ALTO.
O MOCINHO BONITO
NÃO QUIS IR PRA BRASÍLIA
PREFERIU FICAR EM COPACABANA
ONDE A VIDA DELE
ERA UMA MARAVILHA
E A CIDADE MARAVILHOSA
A SUA CAMA.
ELE SÓ VESTIA BRANCO
ATÉ PARA ENCONTRAR
A TERESA DA PRAIA
ONDE O SEU CANTO
ERA SÓ ALEGRIA
E QUANDO DESENHAVA MELODIAS
ERA A POESIA QUEM GANHAVA.
TAMBORINS, PANDEIROS, RECO RECOS
RENDAM HOMENAGEM
AO ARQUITETO DO SAMBA
POIS NO RIO DE JANEIRO
HOJE É O BILLY QUEM MANDA
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