Eu já vi a seleção brasileira de futebol ser campeã do mundo por três vezes. É muito bom ser campeão. De 1970 para cá, nada de concreto mudou nos setores da educação, saúde e transporte público, três das principais reclamações do povo brasileiro em relação a esta copa. Muitas mudanças no entanto, aconteceram em todos os setores, naturais do progresso e do avanço do tempo. Éramos 80 milhões àquela época e hoje somos, 44 anos depois, 200 milhões. A ditadura caíu, os governantes mudaram, os partidos se multiplicaram, e 44 carnavais depois, somos penta campeões mundiais de futebol, em busca do sexto título. Nós somos assim Brasil, deliciosamente irresponsáveis, e não livro a cara de ninguém, nem a minha, da irresponsabilidade de emperrar o nosso caminho natural para a vitória. A hora de protestar contra a Copa era há sete anos atrás, quando o país foi escolhido como sede. Como disse Joana Havelange, neta de João Havelange, presidente de honra da Fifa e filha do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, afastado por escândalos de corrupção e lagavem de dinheiro: "O que tinha para se roubar, já foi roubado". E aviso, o dinheiro não será devolvido. Então vamos parar de reclamar e curtir a maior festa esportiva do planeta, que está sendo em nossa casa. Vamos nos vestir de verde e amarelo, como o nosso amado Maracanã, que já foi o maior do mundo e que hoje é com certeza, o mais bonito, e que vai ser o palco da grande final no dia 13 de julho. Se o Brasil será hexa nesse dia, só Deus sabe. A resposta para o nosso descontentamento daremos mais adiante, em outubro, nas urnas. Por enquanto, vamos curtir a Copa, porque nós amamos futebol.
Foto: Site G1
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