quarta-feira, 20 de agosto de 2014

A PALHAÇADA BIENAL DO ME ENGANA QUE EU GOSTO

Começou ontem o circo do horário gratuito eleitoral no rádio e na televisão, que ocorre a cada dois anos, seja para eleições municipais ou como agora, para as eleições majoritárias. E o que não falta, como de costume, é palhaço. Nessas horas eu agradeço a benção de quem inventou a TV paga e/ou o controle remoto, que nos permite em um só clique, mudar de canal, tirar o som ou desligar o aparelho. A confusão de coligações deixa o eleitor de cabelo em pé e faz careca ficar cabeludo. Noventa por cento dos candidatos como sempre, tem cara de pobre coitado, estão mal vestidos ou mal sabem falar e expor alguma idéia coerente. Isso me faz lembrar do tempo em que eu era filiado ao Partido Verde e fazia parte da equipe de um candidato a deputado estadual, há quatro anos atrás. No dia da apresentação dos candidatos na Convenção do Partido, o que menos tinha era gente com idéias verdes ou ambientalistas. A grande maioria, quando chamada a se apresentar, discursava qualquer coisa que lhe viesse à cabeça, e a bandeira ecológica, um plano pela educação, saúde ou coisa que o valha, que é bom, nada. Ao questionar o meu candidato sobre o fato, ele sorriu e me respondeu: “São 80 otários que vão trabalhar de graça pelo partido”. Naquele dia saí da campanha e mais tarde do Partido Verde. Teimoso que sou, dois anos depois, fui seduzido pelo PSD (uma versão discreta do antigo PDS), cujo presidente no Rio de janeiro é o candidato a deputado federal, Indio da Costa, relator do projeto ficha limpa, de quem já fui eleitor. Fiz um curso de formação política e cheguei até a ser pré candidato a deputado estadual, mas nem cheguei a comparecer à Convenção do Partido. Como não sou nem pobre coitado, mentiroso ou otário para trabalhar de graça, desistí da candidatura muito antes, com a certeza de que o amigo que tentou ser deputado estadual pelo PV, estava absolutamente certo. Esses homens e mulheres que vão nos encher o saco nos próximos 45 dias, não passam de otários querendo aparecer a qualquer custo, lutando desesperadamente para melhorar de vida, da pior maneira possível, que é enganando com falsas promessas, discursos velhos e chatos, àqueles que se dispõem a lhes dar ouvidos. Enfim, parei com a política. Já começou a palhaçada bienal do me engana que eu gosto.

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