Esses convites para um banho de mangueira na varanda da minha parceira Magali, para tentar amenizar o inclemente verão carioca, tem rendido bons frutos. Às vezes o banho nem acontece, porque a música fala mais alto e terminamos refrescados por ela, a música. Na última segunda feira foi assim, cheguei lá, sunga a tira colo e Magali mais uma vez, me apresenta uns versos irresistíveis, falando do medo dos homens de se relacionar, já que a oferta do sexo fácil está bem ali, em qualquer esquina, e aí vamos ficando cada vez mais sózinhos, pulando de galho em galho, e perdendo o melhor da vida, que é se entregar a um amor verdadeiro. E assim nasceu mais uma parceria. Se você quiser escutar a música cole este link no seu navegador:
https://soundcloud.com/ricco-duarte/depois-da-tempestade-magali
A letra está aqui, e para aqueles que pensam que depois da tempestade vem a bonanza, Magali adverte, o que vem depois da tempestade "é a lama".
DEPOIS DA TEMPESTADE
(Magali / Ricco Duarte)
Depois da tempestade vem a lama
Vem a lama
Vem a lama
Teu imenso vazio
Raso e sombrio
Vaga sozinho por teu umbigo
Teu voo é precipício
Teu amor de lanchonete
Fast food
Frio e ruim
De amor interessado
Exposto em bandeja
Calculado na balança
Tórrido e fim
Pano de chão
Que já foi toalha
Já enxugou suor e lágrima
Depois da tempestade vem a lama
Vem a lama
Vem a lama