Ainda sobre a Portela de Paulo Barros. No meio daquele mar azul e branco, surgiu a melhor imagem do carnaval. Homens e mulheres fantasiados de ribeirinhos, cobertos de lama, protestavam contra a ganância do homem que está destruindo a natureza, numa encenação dramática de dor e desespero. Um imenso carro alegórico, cor de barro, mostrava a escultura de um homem com a mesma fantasia da ala que a precedia, com ao mãos erguidas aos céus, pedindo clemência e justiça. É pra nunca mais esquecer. No meio do azul, o protesto do rio que foi engolido pela lama. Um rio que se chamava doce.