EM 2015 A MENTIRA TEVE PERNAS CURTAS

Começamos o ano escutando a piada de que somos uma pátria educadora e ao longo dele, vimos professores sendo agredidos por alunos, estudantes agredindo colegas e destruindo escolas. As promessas de campanha nunca foram cumpridas, ao contrario, foram descaradamente ignoradas. Pedalaram com o nosso dinheiro, enquanto o sistema de saúde pelo Brasil a fora, vive a míngua. O dinheiro do trabalhador encurtou, a inflação aumentou, nossa moeda desvalorizou e o país que era do futebol, virou chacota mundial, sendo rebaixado seguidamente, afugentando os investidores. Praticamente toda semana. um político ou empresário foi preso pela Polícia Federal, por envolvimento na corrupção que assolou o país em proporções monumentais. Para completar esse mar de lama, a própria se materializou, quando o Rio Doce foi assassinado, no maior desastre ambiental da história do país. De positivo nisso tudo, é que se a máscara desse governo ainda não caiu de todo, muitas verdades vieram à tona, pois em 2015 a mentira teve pernas curtas.

A PÁTRIA EDUCADORA DESCONHECE A PRÓPRIA LÍNGUA

Quando eu era criança, quase todas as minhas tias eram formadas em professora primária. Sem nenhum orgulho pela profissão, uma delas, sempre que perguntada sobre o que fazia, respondia em tom de deboche: "Sou professora cabo de vassoura". Uma vez lhe perguntei o que ela queria dizer com isso e ela me respondeu, que a profissão dela era mais desvalorizada que a de uma empregada doméstica. Passaram-se décadas e a situação piorou. As professoras primárias continuam sendo mal pagas e o resultado é óbvio, a maioria faz o seu trabalho de maneira desastrosa e o que se vê é um país que tem 13 milhões de analfabetos e que no Enem de 2014, 500 mil alunos tiveram nota zero na prova de redação. Quando vamos para as redes sociais onde se imagina que os que estão ali, sabem ler e escrever, a constatação é alarmante. É impressionante o número de erros de português e palavras escritas de maneira errada, que vemos nos comentários. A realidade é crua, a pátria educadora desconhece a própria língua. 

O CEARENSE QUE RODOU A BAIANA

No Ceará não tem disso não! 76 dias depois de assumir o Ministério da Educação da "pátria educadora", o ex-governador do Ceará, Cid Gomes, foi ao Congresso Nacional e rodou a baiana. Chamou a maioria dos deputatos de achacadores, inclusive o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e pediu que eles largassem o osso. Depois de jogar a merda no ventilador, ele se retirou e pediu demissão do cargo, lembrando que a sua pasta, foi a que sofreu o maior corte no orçamento de 2015, e que com pouca verba, ele não poderia mesmo fazer muita coisa pelo país da falta de educação.