Contam que certa vez em Coimbra, Vinícius recitou este soneto para os estudantes da Universidade de Coimbra, que extasiados, ao final da récita, estenderam no chão as suas capas pretas, para que o poeta pudesse passar. Na terra de Camões e Fernando Pessoa, não é qualquer um que recebe tal reverência.
DE MANHÃ ESCUREÇO
DE DIA TARDO
DE TARDE ANOITEÇO
DE NOITE ARDO.
A OESTE A MORTE
CONTRA QUEM VIVO
DO SUL CATIVO
O ESTE É MEU NORTE
OUTROS QUE CONTEM
PASSO A PASSO:
EU MORRO ONTEM
NASÇO AMANHÃ
AONDE HÁ ESPAÇO:
- MEU TEMPO É QUANDO.
(Vinícius de Moraes)
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