Ela nasceu em primeiro de maio de 1982, dia do trabalho, em Salvador, na Bahia e não parou mais. Em julho do mesmo ano eu mudei para o Rio de Janeiro, de forma que convivemos pouco, mas acompanhei de longe, o seu desempenho vitorioso. Filha do meu irmão Lula Duarte Ribeiro e Angela Paim, Brisa Paim é mestre e doutoranda em Direito pela Universidade de Coimbra, Portugal, onde fez pesquisas na área do Direito e Literatura e agora acaba de ser contratada como professora assistente convidada da referida Universidade, uma das mais conceituadas do mundo. Ela é também escritora premiada, "A morte de Paula D", uma mulher que se encerra no seu quarto, e na linha tênue entre a realidade e a loucura, renuncia a sorte que acha que lhe coube, "porque as vezes ela se acha analfabeta também", venceu o prêmio LEGO de Literatura 2007 e foi finalista do prêmio São Paulo de Literatura 2010, na categoria autor estreante. A certa altura da narrativa, Paula D critica o fato de todos dizerem eu queria, ao invés de eu quero. Brisa disse eu quero, desde o dia em que nasceu, naquele não muito distante dia do trabalho. Quem quiser conversar com Brisa, ela responde no endereço www.palavrapouca.com, onde a palavra pode ser pouca, mas vai lhe dizer muita coisa, em poucas palavras. Parabéns Brisa, A substância louca aplaude de pé todas as suas vitórias.
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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
CERTA VEZ EM COIMBRA...
Contam que certa vez em Coimbra, Vinícius recitou este soneto para os estudantes da Universidade de Coimbra, que extasiados, ao final da récita, estenderam no chão as suas capas pretas, para que o poeta pudesse passar. Na terra de Camões e Fernando Pessoa, não é qualquer um que recebe tal reverência.
DE MANHÃ ESCUREÇO
DE DIA TARDO
DE TARDE ANOITEÇO
DE NOITE ARDO.
A OESTE A MORTE
CONTRA QUEM VIVO
DO SUL CATIVO
O ESTE É MEU NORTE
OUTROS QUE CONTEM
PASSO A PASSO:
EU MORRO ONTEM
NASÇO AMANHÃ
AONDE HÁ ESPAÇO:
- MEU TEMPO É QUANDO.
(Vinícius de Moraes)
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