Vinícius como se sabe, era único. Contam que na fase final da sua vida, a banheira e a máquina de escrever eram a combinação perfeita para que a inspiração brotasse, e portanto o banheiro, durante aqueles dias, foi o seu escritório. Imerso na banheira cheia de espuma, máquina de escrever equilibrada sobre uma tábua, o poeta, relaxava, escrevia e recebia os amigos. Assim foi com Astor Piazzolla, famoso músico argentino que estando de passagem pelo Rio de janeiro, resolveu visitar o poeta e para a sua surpresa, ele, Piazzolla, cheio de formalidade e respeito, típico do povo argentino, foi recebido pelo poeta, em seu escritório, bem a vontade, como veio ao mundo, acompanhado da sua máquina de escrever e do inseparável copinho de uísque.