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terça-feira, 2 de julho de 2013

A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL NO BRASIL




"Oh que saudades que eu tenho / Da aurora da minha vida / Da minha infância querida / Que os anos não trazem mais". Para milhares de crianças brasileiras a aurora da vida é um crepúsculo, e o autor desses versos, o poeta Casimiro de Abreu, nunca existiu. O Brasil, historicamente conhecido pelos baixos índices de escolaridade e oportunidade de trabalho, tem, segundo dados do IBGE, cerca de noventa mil crianças, com idade entre 5 e 9 anos, trabalhando. Se considerarmos a faixa etária entre 5 e 17 anos, esse número aumenta consideravelmente, atingindo o índice de quase quatro milhões de crianças e adolescentes, trabalhando em condições subumanas, sem carteira de trabalho, assistência médica e até mesmo, sem salário, o que caracteriza a escravidão. 
A exploração do trabalho infantil, cresce a cada dia, apesar dos esforços do Governo, que promete até o ano de 2014, retirar um milhão e duzentas mil crianças, dessa condição. Porém, lugar de criança é na escola. Colocadas na escola, elas terão educação e um horizonte se abrirá para que mais adiante, esses brasileiros e brasileiras, possam enfrentar o mercado de trabalho em igualdade de condição. Mas até que essa promessa se cumpra, ainda precisamos de escolas públicas de bom nível e de uma administração decente, que tenha poder de retirar essas crianças das ruas e do campo, e reintegrá-las à sociedade de maneira digna, pois sem educação não há trabalho, e tampouco ordem ou progresso. Só assim, no crepúsculo de suas vidas, essas crianças terão motivos para sentir saudade, do tempo em que elas foram a escola, brincaram de pique esconde, de boneca, de bola, e recitaram Casimiro, um poeta brasileiro.