BONITINHO MAS ORDINÁRIO

A gestão de Peter Siemsen à frente do Fluminense foi sem dúvida, bem sucedida. Os dois títulos nacionais em 2010 e 2012 não podem negar. Mas nada é perfeito nesse mundo e em 2013, o Fluminense foi rebaixado em campo e salvo pela Portuguesa de Desportos, que escalou um jogador irregular, justo na última rodada. De lá pra cá, o tricolor carioca passou longe da glória e dos holofotes. Em 2016, último ano de sua gestão, Peter se envolveu em um escândalo com o Corpo de Bombeiros do Rio de janeiro, que só agora veio à tona. Segundo a polícia, os bombeiros receberam propina do Fluminense, para liberar sem a total condição de segurança, o Estádio do América, onde o Fluminense mandou alguns jogos. Parodiando o maior tricolor de todos os tempos, o escritor Nelson Rodrigues, Peter é bonitinho, mas ordinário.

ACABOU O DINHEIRO ACABOU O AMOR

O PMDB, o maior e mais forte aliado do PT, deixou o governo, mas o Vice-presidente Michel Temer continua no cargo, porque foi eleito e caso a presidente venha a sofrer o impeachment, ele assume a presidência. Entenderam o jogo? É como trocar seis por meia dúzia. A vantagem é que ele faria um governo de transição até as próximas eleições, quando não haverá financiamento de campanha, nem o presidente poderá ser reeleito. Na foto, bem na linha de frente, vemos dois investigados, Cunha e Jucá, felizes da vida e aliviados com a saída do seu partido da base aliada do governo. Mas não se iludam, a conta é bem mais simples. Com a Lava a Jato em curso, as propinas estão suspensas até segunda ordem, ou seja, assim como na vida, na política não é diferente, acabou o dinheiro, acabou o amor.