O que esperar de um país disfarçado na falsa imagem de prosperidade que se propaga pelo mundo, quando na verdade continuamos estagnados nos pontos básicos, como educação e saúde, que margeiam o progresso de qualquer nação que pretende ser realmente grande? Em 2016, daqui a apenas quatro anos, vamos sediar as próximas olimpíadas. Como pode um país receber a maior competição esportiva do planeta, quando o dinheiro público que deveria ser investido em benefício do povo, continua sendo roubado descaradamente pelos nossos políticos? O resultado está aí, vigésimo segundo lugar no quadro de medalhas, apenas três ouros improváveis e inesperados, e várias, várias finais, onde o inconsciente do pensamento de inferiorioridade do brasileiro, massacrado pelo descaramento dos nossos "desgovernantes", ficou bem claro. Ontem na decisão do futebol, esporte maior da nação e que nunca ganhou um ouro olímpico, o locutor do Sport tv dizia: "o Brasil está conquistando a medalha de prata". Não, o Brasil não estava ganhando uma medalha de prata, estava perdendo a de ouro e aí está a grande diferença. Nos conformamos com pouco e na hora da decisão entregamos de mão beijada, amarelamos, temos medo do lugar mais alto do pódio. Enquanto isso, em Brasília, as comissões parlamentares de inquérito se arrastam para terminar onde todos nós já sabemos, em pizza. As universidades continuam paradas, o esporte sem incentivo, as crianças nas ruas, sem escola, o povo sem emprego. O país do carnaval e dos contrastes não anda. O Brasil pensa pequeno.