Já é uma tradição na história recente do tricolor das Laranjeiras. Se há uma equipe em apuros, precisando de uma mãozinha para sair do sufoco, lá está o Fluminense para dar aquela força. Para não ir muito longe, vamos relembrar o título da Copa do Brasil de 2005, perdido para o glorioso Paulista de Jundiaí. Pelo que me lembro, aquele deve ter sido o único título conquistado pela equipe do interior de São Paulo, que depois daquilo desapareceu. Depois surgiu uma tal de LDU, que até 2008 era uma ilustre desconhecida do futebol mundial até esbarrar com o Fluminense. O tricolor abriu os braços e disse: Vem por aqui que nós vamos colocar a linha do Equador no mapa. E perdeu em casa, nos penalties, a única final de Libertadores que disputou na história. E não contente com isso, achando que ainda não tinha ajudado a equipe equatoriana o suficiente, no ano seguinte, perdeu para a mesma LDU, em casa outra vez, a única final de uma Copa sul-americana que disputou até aqui. Ainda lá em 2005, se não fosse um gol de cangote do zagueiro Antonio Carlos, no último minuto de jogo, o beneficiado teria sido o Volta Redonda, que em pleno Maracanã lotado de tricolores, poderia ter ganho o seu único título carioca da história. Entra ano sai ano, muda técnico e diretoria, e o Fluminense segue com essa mania de ajudar os pobres necessitados. Em 2014 não tem sido diferente. O Fluminense levantou o América de Natal com louvor, sendo goleado pela gloriosa equipe potiguar em pleno Maracanã (sempre o Maracanã) e sendo humilhantemente desclassificado da Copa do Brasil. Naquela ocasião todos disseram, que o Flu havia entregado o jogo, para privilegiar a Sul-americana. Aí veio o Goiás e pimba, ficou com a vaga. O Fluzão capitaneado pelo cone sem noção Fred imóvel, que ainda pensa em seleção ao invés de parar de jogar, também neste ano já deu uma mãozinha à Chapecoense, ao Criciúma e ao Botafogo, todos beirando a zona do rebaixamento, e se tem uma coisa que a equipe tricolor detesta é ver um co-irmão na zona de rebaixamento. Na lanterna então, é praticamente insuportável. Ontem ele foi a Salvador enfrentar o lanterna Vitória, e entregou o jogo no segundo tempo, para dar uma alegriazinha à necessitada torcida baiana. Mas pouco adiantou, pois o Vitória continua na lanterna e o Fluminense, continua com a fama de ser a Madre Teresa de Calcutá do futebol brasileiro.