Nelsinho parado como uma estátua... e o "v" não é só de vitória, mas uma premonicão do resultado do jogo.
Não se pode ganhar todos os dias, afinal era mais um clássico do futebol brasileiro, porisso um jogo difícil para o Fluminense. Estádio lotado, a torcida do Vasco com uma leve superioridade numérica deu um show. A nossa, além de muito mais bonita, não ficou atrás e fez a festa de sempre. Eu ganhei de última hora, presente do meu afilhado Fábio Rodrigues, um convite para as cadeiras especiais e fui mais um a engrossar o incrível número de mais de treze mil "não pagantes" no Maracanã. Já no metrô, indo para o jogo, encontrei com um ilustre vascaíno, o escritor e jornalista Vinícius Faustini. Nos cumprimentamos meio que sem graça e eu desci cheio de supertição, pois como bom baiano, achei que aquele encontro poderia nos trazer má sorte. Por sorte, a caminho do portão 18, rumo as cadeiras especiais, pude avistar ao vivo e a cores o Nelsinho, filho do mais ilustre tricolor de todos os tempos, o Nelson Rodrigues. Ele estava lá, parado como uma estátua de outro mundo, bem em frente a estátua do Belini. Respirei aliviado, pois achei que aquela visão era um aviso de que não iríamos perder, como realmente aconteceu, porque estava lá presente, o sobrenatural do almeida, personagem emblemático do Nelson, capaz de atos inacreditáveis, como os dois gols feitos que Deco e Carlos Alberto perderam, coisas do sobrenatural. O empate em dois a dois, premiou as duas equipes que brindaram os mais de oitenta mil presentes com um belíssimo espetáculo, a altura da festa emocionante que as duas torcidas fizeram nas arquibancadas. E nós seguimos liderando o campeonato.