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quinta-feira, 3 de abril de 2014

REFÉM DOS TECLADOS

O maior tricolor de todos os tempos, o dramaturgo brasileiro Nelson Rodrigues, escreveu certa vez, em relação ao século vinte:
"O GRANDE ACONTECIMENTO DO SÉCULO, FOI A ASCENÇÃO ESPANTOSA E FULMINANTE DO IDIOTA"
Nelson, faleceu em 1980, portanto, felizmente ele não viu o século terminar e consequentemente a chegada  do século 21, que com seus tablets, celulares e todo avanço tecnológico, transformou o homem em uma coisa muito pior que um simples idiota, o homem de hoje se transformou em um refém dos teclados.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

HÁ ALGO DE PODRE NO REINO DAS LARANJEIRAS



Acordando de mais uma ressaca moral, e ainda tentando entender, como um mesmo elenco que nos últimos quatro anos, escapa de um rebaixamento já dado como certo, ganha dois títulos nacionais, disputa três Libertadores, pode agora, voar tão baixo? Falta de planejamento? O que temos visto não só ontem, mas nos últimos jogos do Fluminense no Maracanã, é uma total falta de respeito com uma torcida imensa que ama esse clube retumbante de glórias e histórias mil. O tricolor das Laranjeiras é hoje um time desinteressado, apático, que nem de longe lembra o time de guerreiros de quatro anos atrás.
Perder uma partida de virada, com um jogador a mais, em casa, para uma equipe sem expressão como esse time baiano, é uma vergonha. A impressão que fica é que está se fazendo um trabalho forte para que o Fluminense caia e pague logo a tão famigerada séria B, que incomoda a tantos. Por enquanto, a única coisa a favor do tricolor carioca, é que este brasileirão está nivelado por baixo, com quase todas as equipes apresentando oscilações e mostrando um péssimo futebol, a exceção do Cruzeiro, que já é o virtual campeão.
No Fluminense, o treinador rubro negro mexe errado, as peças de reposição são fraquíssimas, o presidente se omite, o patrocinador não abriu a boca o ano inteiro e o clube está como se sabe, afundado em dívidas. O certo é que, em um futuro não muito distante, todos iremos saber o por que de estarmos passando por essa humilhação, pois já está claro que, "há algo de podre no reino das Laranjeiras".

quarta-feira, 8 de maio de 2013

PARECE COCAÍNA MAS É SÓ TRISTEZA


Renato Russo começa a canção "Há tempos", exatamente assim:
"PARECE COCAÍNA MAS É SÓ TRISTEZA"
Ontem, em visita a Rádio Globo, ouví com tristeza a notícia que mais um jogador do Fluminense, na mesma semana, é flagrado no exame antidoping. Dessa vez, a jovem promessa tricolor, o jogador Michael, um atleta de apenas 20 anos, com um futuro brilhante pela frente, é pego por ter usado a maldita cocaína. Esporte é vida, é saúde, é alegria e não combina com tristeza. Vamos aguardar a sequência dos fatos e antes de atirar o garoto aos leões, vamos tentar recuperá-lo e se ele tiver que pagar a pena de afastamento por dois anos, que pague, para que aprenda e sirva de exemplo para outros atletas, jovens ou não, que se deixam levar por essa ilusão. Renato Russo tinha plena razão, é só tristeza.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

PALAVRA DE TRICOLOR



Agora que a areia baixou, vamos ser justos. O Clube Atlético Mineiro, é o melhor time do Brasil, desde 2012. O Fluminense do meu coração administrou bem, e levou o tetra, até com alguma folga, mas passada a euforia, é claro que pelo menos para mim, que elenco por elenco, garra por garra, tática por tática, o Galo é forte e é vingador, e desses seis times brasileiros que passaram adiante na Libertadores, é o único com chances claras de ganhar. 
O Fluminense do meu coração é um time medroso, sem craques a altura da sua fama, na verdade com um elenco mediano, que não tem nem "unzinho", que possa fazer de maneira brilhante, a diferença. O galo tem vários, a começar pelo Ronaldinho gaúcho, e tem também um elenco afinado, aguerrido. Esse tricolor que vos fala, torce pelo bem do futebol brasileiro e para reparar o erro que a diretoria do Fluminense cometeu, ao dispensar o técnico Cuca, para que o campeão das américas seja o Clube Atlético Mineiro. Tomara que eu esteja errado. Palavra de tricolor.

sábado, 24 de outubro de 2009

TRICOLOR DE CORAÇÃO

          Por um abará, isso mesmo, por causa de um abará eu fui torcedor rubro negro por quinze dias. Era dia de Ba x Vi, o maior e único classico do futebol baiano e a primeira vez que eu fui a um estádio de futebol, aos dez anos de idade. Fui ao estádio levado pelo meu irmão mais velho, tricolor apaixonado e por dois primos meus, torcedores do Vitória. O Bahia tinha dez vezes mais torcedores que o Vitória, e os meus primos na tentativa de arregimentar mais um torcedor para a sua pequena torcida e sabendo que eu era louco por abará ( o mesmo que acarajé, só que cozido na folha de bananeira, uma delícia!), me compraram por um abará para eu ficar com eles do lado rubro negro. O Vitória ganhou o jogo por um a zero e eu fiquei na ilusão de que eles eram os melhores. Nas partidas seguintes, o Vitória perdeu todas para times pequenos do futebol baiano e o meu irmão mais velho, incomformado com aquela ovelha negra na familia, resolveu me levar para assistir a um Bahia x Ypiranga, o terceiro time em força de torcida naquela época. O Bahia ganhou o jogo, ganhou o campeonato e eu fui na onda do meu irmão, torcendo apaixonadamente pelo glorioso Esporte clube Bahia até o dia em que fui às Laranjeiras, assistir a um Bahia x Fluminense pelo campeonato brasileiro.
         Eu já estava morando no Rio de janeiro fazia alguns anos e fui ao jogo prestigiar o tricolor baiano e comemorar o meu aniversário, mas ao chegar lá, além de não haver um só torcedor baiano no estádio, eu me apaixonei instataneamente pela torcida tricolor carioca. Uma gente linda, educada, bem nascida, lotando aquele pequeno estádio que hoje só serve aos treinos da equipe. Era um colorido contagiante. O Fluminense ganhou de tres a um e eu saí de lá cantando que era "tricolor de coração, do clube tantas vezes campeão" e fui tomar um porre com meus novos amigos de futebol e torcida.
         O dia seis de março de 1989 ficou no meu calendário como o dia em que eu me tornei tricolor de coração. Não, não foi uma traição, foi paixão a primeira vista, ninguém me pagou sequer um refrigerante, abará então nem pensar, isso não existe infelizmente no Rio, mas havia um sentimento de fraternidade naquela "playboizada" bonitinha e bem vestida e eu me identifiquei de cara, já que eu sempre fui também um almofadinha, um cara letrado, educado, que nunca gostou de confusão (até pisarem nos meus calos). De quebra esse é o time de coração de dois dos meus ídolos, Nelson Rodrigues e Chico Buarque, e tem no seu elenco de torcedores, alguns personagens ilustres do meio cultural brasileiro, como Jô Soares, Nelson Mota, Artur Moreira Lima e tantos e tantos outros, de maneira que junte-se aos bons e serás um deles. Preferí ficar na boa companhia.
          Títulos ao longo desses últimos anos foram poucos. Além do célebre gol de barriga do Renato em 1995 e da campanha fabulosa na libertadores de 2007, foram poucas as glórias tricolores. Fomos rebaixados tres vezes, e no momento em que escrevo estas linhas, estamos a caminho do quarto rebaixamento, mas eu não ligo( mentira, fico puto a cada derrota) mas não me arrependo de ter trocado o tricolor baiano pelo carioca. O baiano está a caminho da série C mais uma vez e tem um time que é a cara da Bahia, cafuso, digo, confuso. Já nós, não perdemos a pose jamais e convenhamos, a série B é bem mais animadinha que a série A, Vasco, Corinthians, Palmeiras, Gremio, Botafogo e o próprio Fluminense que o diga. O Flu gostou tanto que está quase voltando outra vez, mas eu sequirei tricolor carioca para sempre, acompanhando os jogos e roendo as unhas até o apito final do juiz de campo e do juiz do céu.


                                                    A torcida mais linda do mundo


      Torcida tricolor em Barcelona na final da Libertadores. éramos quatro mas fizemos um barulho...