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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O TEMPO E O PLACAR

COM  A ALMA LAVADA DE LAGRIMAS, DE VINHO E DE ALEGRIA, AGRADECIDO, REPRODUZO AQUI A CRONICA QUE ME FOI ENVIADA PELO MEU AMIGO, ESCRITOR, JORNALISTA, RODRIGUIANO E VASCAINO, VINICIUS FAUSTINI, SER HUMANO DA MAIOR GRANDEZA E QUALIDADE.


domingo, 5 de dezembro de 2010

Fluminense, épico em 38 atos
FLUMINENSE, CAMPEÃO BRASILEIRO DE 2010
Reverência deste autor que vos escreve ao estilo de crônica do dramaturgo e torcedor do Fluminense NELSON RODRIGUES.



O coração tricolor se multiplicou por exatos 40.905 presentes no Engenhão. Corações Valentes, que saltaram pela boca aos 17 minutos do segundo tempo. No momento em que Emerson fez sua soberania de Sheik e sua qualidade de atacante superarem o arqueiro do Guarani. Goleiro também de nome Emerson, mas agora mero coadjuvante de um gol que mais tarde seria louvado como decisivo.
O clube tantas vezes campeão chegou a mais uma conquista. Para muitos, sua segunda. Mas para a torcida do Fluminense, tão empenhada em registrar sua história, a terceira conquista nacional - além dos títulos de 1984 e de 2010, o clube pleiteia o reconhecimento do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, de 1970, como título brasileiro (pois era no mesmo formato do Campeonato Brasileiro disputado a partir de 1971).
O Fluminense fascinou pela sua disciplina. Disciplina imposta pelo técnico Muricy Ramalho, que deu a um elenco cheio de estrelas o ímpeto digno de uma equipe vencedora. O Fluminense que dominou, em todos os setores do campo, com um futebol seguro defensivamente, veloz em seus contra-ataques e ferino quando estava cara a cara com os goleiros adversários. Um Fluminense que teve amor ao tricolor, amor simbolizado por Darío Conca, o grande líder que não se deixou abater e esteve presente nas 38 rodadas do Campeonato Brasileiro.
Salve o querido pavilhão! Ricardo Berna, Mariano, Gum, Leandro Eusébio e Carlinhos; Diguinho, Valencia, Júlio César (Washington) e Conca; Emerson (Rodriguinho) e Fred (Fernando Bob). Pavilhão formado por outros tantos jogadores que vestiram sua camisa durante a competição - desde pratas-da-casa, como Fernando Henrique e Tartá, passando por medalhões como Belletti e Deco. A camisa com três cores que traduzem tradição. Que, mesmo com um elenco tão numeroso e cercado de talentos, encontrou a paz. Dela, surgiu a esperança, consolidada a cada vitória. A cada três pontos, que deixavam a equipe mais unida e forte.
Pelo esporte, várias pessoas tiraram e tirarão de seus armários a camisa tricolor. Ela, que tem o verde da esperança, numa espera que foi alcançada após um hiato de 26 anos entre a final contra o Vasco em 1984 e o jogo decisivo de 2010 contra o Guarani. Ela, que traz cor encarnada, com o sangue dado pelos jogadores que as arquibancadas definiram como "time de guerreiros". E que, depois do apito final de Carlos Eugênio Simon, passou a comemorar em harmonia, na harmonia de tom branco que define sua camisa como tricolor, a paz de chegar a um título justíssimo.
O sol do amanhã, como a luz de um refletor, brilhará com as três cores e os sorrisos de vários tricolores que começaram a comemorar no início da noite de domingo. Todos vibrando com a emoção de quem voltou a gritar "é campeão".


"O Fluminense nasceu com a vocação da eternidade. Tudo pode passar, mas o tricolor não passará jamais. Quem o diz é o óbvio ululante". (Nelson Rodrigues)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

COISAS DO SOBRENATURAL

 Nelsinho parado como uma estátua... e o "v" não é só de vitória, mas uma premonicão do resultado do jogo.


Não se pode ganhar todos os dias, afinal era mais um clássico do futebol brasileiro, porisso um jogo difícil para o Fluminense. Estádio lotado, a torcida do Vasco com uma leve superioridade numérica deu um show. A nossa, além de muito mais bonita, não ficou atrás e fez a festa de sempre. Eu ganhei de última hora, presente do meu afilhado Fábio Rodrigues, um convite para as cadeiras especiais e fui mais um a engrossar o incrível número de mais de treze mil "não pagantes" no Maracanã. Já no metrô, indo para o jogo, encontrei com um ilustre vascaíno, o escritor e jornalista Vinícius Faustini. Nos cumprimentamos meio que sem graça e eu desci cheio de supertição, pois como bom baiano, achei que aquele encontro poderia nos trazer má sorte. Por sorte,  a caminho do portão 18, rumo as cadeiras especiais, pude avistar ao vivo e a cores o Nelsinho, filho do mais ilustre tricolor de todos os tempos, o Nelson Rodrigues. Ele estava lá, parado como uma estátua de outro mundo, bem em frente a estátua do Belini. Respirei aliviado, pois achei que aquela visão era um aviso de que não iríamos perder, como realmente aconteceu, porque estava lá presente, o sobrenatural do almeida, personagem emblemático do Nelson, capaz de atos inacreditáveis, como os dois gols feitos que Deco e Carlos Alberto perderam, coisas do sobrenatural. O empate em dois a dois, premiou as duas equipes que brindaram os mais de oitenta mil presentes com um belíssimo espetáculo, a altura da festa emocionante que as duas torcidas fizeram nas arquibancadas. E nós seguimos liderando o campeonato.