TERRA DE TRAMBIQUEIROS

Pano rápido. Não foi golpe, foi um acordo. Temer estava lá todo o tempo, como um sócio da quadrilha. Apoiados pela constituição, o impeachment foi o caminho mais fácil. Assume o vice e tudo continua como sempre esteve. Agora, querem legalizar o caixa 2, acabar com a lava a jato, Lula afirma ser mais honesto que o Moro e a madre que o pariu e se lança candidato, fazem cortina de fumaça com a carne fraca, a febre amarela e o Ministro do Supremo, Gilmar Mendes, que também sempre esteve lá, ainda diz que o Brasil parece ser um país de trambiques. Não Gilmar, não parece, o Brasil é uma terra de trambiqueiros.

A ERA DOS CORONÉIS ESTÁ CHEGANDO AO FIM?

Da série perguntar não ofende: Com o afastamento pelo STF do cangaceiro das Alagoas, estará chegando ao fim a era dos coronéis?

SENADORZINHO DE QUINTA

O presidente do Senado, aquele mesmo que era cupicha do Collor e que inventou a votação dupla que resultou na manutenção dos direitos políticos da presidente Dilmaluca, é o mesmo que quer que seja aprovada uma lei contra o abuso de autoridade e que ficou irritadinho contra a ação da Polícia Federal, ao prender policiais do Senado Federal, por participarem de uma varredura na casa de seus sócios corruptos, agredindo o Juiz que ordenou a ação, chamando-o de "juizeco" de segunda. Renan Calheiros, na verdade, é um senadorzinho de quinta.

UMA REFERÊNCIA À PESSOA OU AO VERBO?

Evidentemente que qualquer coisa agora, é melhor para o país do que aquela louca mentirosa, pau mandado de um analfabeto arrogante, mas vamos aos fatos. Michel Temer esteve ali coladinho nela, ainda que decorativamente como ele disse, esteve ali como vice dela por 5 anos e meio, de olho no que diz a Constituição, "no impedimento do Presidente, assume o seu vice". E assim foi. Mas vimos também o golpe do julgamento fatiado, que popou os direitos políticos de uma marionete, sugerido pelo Renan Calheiros, desrespeitando a Constituição. Agora o novo marqueteiro do Planalto vem com a frase em oposição ao "Fora" que os grupelhos desorientados, esquerdopatas e vândalos andam pregando nas ruas. O "Bora" seria uma boa idéia se o nome do presidente não fosse também um verbo. Então eu pergunto, diante de tudo que estamos vendo na política, Bora Temer, é uma referência à pessoa ou ao verbo?

O JUIZ BUFÃO

Eu bem estava estranho toda aquela tranquilidade do Juiz do Supremo, que por sinal vai se aposentar agora em setembro, conduzindo as sessões que culminaram no impeachment da "presidanta" Dilmentira. Assim como até me entusiasmei, com o xilique de Renan Calheiros contra o comportamento patético da bancada petista. Era tudo teatro. No final, por sugestão de Renan e a conivência do Juiz, eles deram o golpe, ao permitir que a ré mantivesse os seus direitos políticos, contrariando o artigo 52 da Constituição. A imbecil pode voltar em 2108, o seu vice assumiu e tudo terminou em um pizza fatiada. Ricardo Lewandoski, O JUIZ BUFÃO.

AS MERETRIZES DO PODER

Dá até vontade de jogar a toalha. Já perdi a conta de quantas vezes a Presidente trocou o seu ministério. Agora, para não perder a presidência (palavras do próprio Lula, seu chefe), ela resolve negociar 5 ministérios com sua principal concumbina, o PMDB. Gulosos, para não perderem a chance de mais uma negociata, eles indicaram mais nomes do que lhes foi oferecido. Diante do impasse, a Presidente petista viajou para os Estados Unidos e deixou para decidir quem continuará sacaneando ainda mais, o povo brasileiro, quando ela voltar do passeio. Enquanto isso, descansam em berço esplêndido, as meretrizes do poder.

ATÉ QUANDO BRASIL?

O ministro Joaquim Barbosa nos encheu de orgulho no ano passado e agora começa o ano assim, sentado ao lado de dois batedores profissionais de carteira do povo, com cara de "quem peidou? não fui eu!". Enquanto isso o próprio povo está esquentando os tamborins para cair na folia. Depois não vai poder reclamar.

Tudo continua como sempre foi. Até quando Brasil?

Foto: Globo Online