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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

SAUDAÇÕES ECOLÓGICAS

          Era uma tarde de sol primaveril, quando milhares de sonhadores abraçaram a lagoa Rodrigo de Freitas, coração da cidade do Rio de janeiro, para apoiar a candidatura do Fernando Gabeira ao governo do estado. O ano era 1986 e lá se vão 24 anos. Naquele ano, pouco se falava ou se sabia a respeito do partido verde. A causa ambientalista era um problema de poucos. O maior medo era o buraco na camada de ozônio, que estava crescendo a cada dia. Naquele ano fizemos passeatas na Avenida Rio Branco, comícios na Cinelândia, fomos chamados de loucos, maconheiros, bichas e desocupados. Naquele ano, o partido dos trabalhadores, hoje no comando do país, ainda andava de mãos dadas com a então pouco conhecida causa ecológica. E o Gabeira chegou em terceiro lugar, com mais de quinhentos mil votos, conseguidos sem absolutamente nenhuma grana, apenas com o barulho que nós, os loucos, bichas, maconheiros e desocupados, como fomos chamados, fizemos nas ruas do Rio. Lá se vão 24 anos, quase duas décadas e meia depois, o mundo virou de cabeça para baixo, a população mundial quase dobrou, e o buraco na camada de ozônio então, nem se fala. Nessas duas décadas e meia assistimos quase que passivamente, a temperatura do planeta aumentar a cada dia, devido principalmente à emissão de gases poluentes na atmosfera, produzidos pela multiplicação desenfreada das indústrias ao redor do mundo, e pelo desmatamento das nossas florestas, impulsionado pelo descontrole ganancioso do ser humano, em busca do progresso e do possível bem estar, que este progresso descontrolado poderia trazer à população. Duas décadas e meia depois, vemos que o resultado desse progresso foi o bem estar das contas bancárias dos poderosos, que poluíram e desmataram o nosso planeta e que estão se lixando para a população. Duas décadas e meia depois, estamos vendo a cada dia que passa, mais e mais catástrofes ambientais acontecendo. Terremotos, tempestades, nevascas, tufões, furacões, que vão interrompendo sonhos, ceifando milhares e milhares de vidas, causando uma destruição, que em muitos casos, levará anos para ser reparada. O planeta está dando o seu grito de alerta, e a sua resposta. Causa e efeito.
          Em 1986 fiz o meu trabalho voluntário, abracei a Lagoa, fui às passeatas e aos comícios, e o pouco que eu sabia, tentava passar para aqueles que eu tinha certeza, de que não sabiam sequer o significado da palavra ecologia, motoristas de ônibus e de taxi, porteiros de prédios, ambulantes, empregadas domésticas, gente do povo. Fiz aquele trabalho intuitivamente, tentando plantar a sementinha verde. Desses 24 anos, os últimos oito anos, eu fiquei fora do país, indo e vindo, e me afastei do campo de batalha, mas não do combate. Andei pelo mundo, trabalhando com a minha música, e pude ver de perto que o mal que nos aflige aqui, aflige a todos. No dia 05 de outubro de 2008, desembarquei no Rio a tempo de votar no meu candidato de sempre, o Fernando Gabeira, para prefeito do Rio de janeiro. Quase ganhamos. Pude ver com alegria, ao sair do portão de desembarque, as garotas que trabalham nos pontos de taxi do aeroporto, vibrando e fazendo abertamente, campanha para o candidato verde. O povo não é bobo nem se deixa enganar facilmente. “A semente deu frutos e se multiplicou”, pensei comigo em silêncio e feliz. Hoje estou oficialmente filiado ao partido, assumo a militância, apoiando incondicionalmente não só o partido, mas como também os seus candidatos, como sempre fiz, mesmo a distancia, porque entendo que a luta pela preservação do meio ambiente, é a única saída para a melhoria da qualidade de vida do planeta. Saudações ecológicas.



sábado, 19 de dezembro de 2009

NO HOPE.

         


          Com tristeza, mas sem nenhuma surpresa, leio nos noticiários o resultado da conferencia das nações unidas sobre as mudanças climáticas, realizada em Copenhagen, capital da Dinamarca, primeiríssimo mundo, e que resultou num acordo tímido e covarde. Não é ainda o fim do planeta, mas certamente pode ser o começo do fim, daqui a algumas dezenas de anos, quando estes mesmos lideres, que assinaram esse acordo, sob protestos e indignação de boa parte da população do planeta, não estará mais aqui na Terra.

          Desde que o samba é samba é assim, desde que Caim matou Abel com uma pedrada na cabeça, criando o arquétipo da inveja e da ganância, o samba tem sido o mesmo. Os líderes mundiais ali reunidos, estão a mais da metade do caminho de suas existências, e estão milionários, cada vez mais poderosos e se lixando para as gerações futuras, por que esta é parte da natureza humana, principalmente dos que chegam ao poder, egoísmo, ganância, vaidade, insensibilidade. Daqui para frente, enquanto a luta ambientalista continua, seguiremos assistindo a tufões, nevascas, tempestades, terremotos e outras catástrofes causadas pelo aquecimento global. O mundo segue sem esperança. Copenhagen, “NO HOPE”.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

HOPEN HAGEN

         Eu já perdi a conta de quantos dias de calor intenso estamos vivendo na cidade do Rio de janeiro, tres, quatro semanas? Não sei, o que eu sei é que em 27 anos que eu vivo nesta cidade, nunca vi nada igual. Um calor abafado, sufocante, que nos faz deixar o bom humor carioca de lado, dormir mal e gastar uma pequena fortuna com ar condicionado e ventiladores ligados, 24 horas por dia. Quando eu cheguei ao Rio, no início dos anos oitenta, tinhamos ainda as quatro estações bem definidas, um friozinho gostoso no inferno, uma primavera colorida, um verão quente, mas nem tanto, com direito a pancadas de chuva tropical no final da tarde e um outono de tirar o folêgo de tão lindo. Isso foi apenas, a pouco menos de trinta anos. Nos últimos anos, a cada ano que passa, a cidade esquenta mais e mais, e mais cedo. Estamos ainda na metade da primavera e já estamos torrando. É  óbvio que esta mudança está diretamente ligada ao aquecimento global, ao desmatamento, a emissão de gases toxicos na atmosfera, ao desvio do curso dos rios, que tem alterado drasticamente a temperatura do planeta, causando catástrofes e mais catástrofes.
          É claro que não podemos ficar de braços cruzados e nos deixar torrar no forno que está virando o planeta Terra, nossa casa, nossa mãe. Faltam pouco mais de nove dias para que líderes mundiais, reunidos em Copenhagem, Dinamarca, decidam o futuro do planeta. No blog do meu amigo musico e ambientalista, Paulo Rocha, pre candidato a deputado estadual em 2010, pelo Partido verde, há um link onde voce pode se fazer ser ouvido, assinando uma petição e deixando a sua mensagem de esperança para o futuro da nossa casa, o nosso planeta. É o "HOPEN HAGEN". Acesse, assine, deixe uma mensagem, não vai levar mais do que trinta segundos. Se não gritarmos agora pode ser tarde demais.
          No mais, aplausos para a China, o maior poluidor do mundo, cujo governo já anunciou que vai reduzir em até 40 por cento a emissão de gases na atmosfera, dando o exemplo e uma rasteira nos Estados Unidos, que se compromete em reduzir em apenas 17 por cento. De quebra, o presidente chinês comparecerá em carne e osso ao encontro de Copenhagem. Que outros chefes de estado sigam o exemplo, comparecendo e colaborando para um futuro melhor aqui na Terra. Tenham todos um belíssimo, e mais fresquinho, final de semana.