Começa hoje, oficialmente, a corrida para o poder. Vem aí os programas de televisão chatíssimos, com todo mundo prometendo mundos e fundos, alguns para tirar o pé da lama, sair das suas crises pessoais e se instalarem confortavelmente em gabinetes escuros, obscuros, refrigerados e uma vez lá, darem as costas para o povo que os elegeu, outros no entanto e estes são poucos, são os politicos por vocação, com experiencia administrativa, currículo e que realmente podem fazer alguma coisa em prol dos seus estados ou em prol do nosso país. Mas a grande maioria são personagens sem estrada, querendo se dar bem, alguns até são engraçados, mas a maior parte deles é patética.
Como já declarei aqui neste blog, sou filiado ao Partido verde por convicção ecológica e por acreditar que naquele partido estão políticos nos quais eu acredito como o Fernando Gabeira e a Marina Silva. Mas recentemente, estive presente à convenção que apresentou os candidatos a deputado estadual e federal no PV, e pude observar que o que menos havia ali era verde de verdade. A impressão que eu tive foi que chegaram numa feira qualquer e com um megafone perguntaram, êi, quem de vocês quer se candidatar a deputado? No partido que eu julgava moderno e antenado tem de tudo, menos verde. Tirando o Syrkis, o Gabeira e mais uns tres ou quatro, o que eu menos vi por lá foi gente com consciência ecológica e preocupada com a crise ambiental que afeta o planeta.
No caminho para o poder vale tudo e nesse ponto, apesar de todos os esforços e avanços que foram feitos, como a aprovação do projeto ficha limpa, o Brasil não mudou muito, ainda está tudo muito chato. Nas convenções que eu participei, pude ver o quanto o ser humano é capaz de se rebaixar para conseguir algo. Ainda se vive o ritual do beija mãos, do puxa saquismo humilhante, da militância paga. Idealismo nenhum. A coligação ao governo do Rio de janeiro no entanto, é curiosa, com Gabeira sendo apoiado por Marina e Serra, candidatos a presidencia que eu torcerei para que cheguem ao segundo turno, por serem os mais preparados, por terem em seus currículos experiência administrativa, e no caso do Serra, por ter um candidato a vice de ponta, como o deputado federal Indio da Costa, relator do projeto ficha limpa, um político jovem, com larga experiencia de quatro mandatos, e que representa o sangue novo que a empobrecida e mofada política brasileira precisa para se renovar. Está dada a largada, que tenhamos folêgo e bom humor para aturar o festival de patetice e egos inflamados que vem por aí.