Mostrando postagens com marcador DESASTRE AMBIENTAL. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador DESASTRE AMBIENTAL. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 24 de novembro de 2015

ACABOU-SE O QUE ERA DOCE

"NÓS PRECISAMOS SER SALVOS DE NÓS MESMOS" (David Zee)
Em entrevista à Globo News, o cientista e oceanógrafo David Zee afirmou que as obras humanas estão cada vez maiores, que não se preocupam com o meio ambiente e que nós, precisamos ser salvos de nós mesmos. Zee disse ainda, que a destruição da fauna e da flora no percurso por onde a lama da Mineradora Samarco passou, levará décadas para ser reparada, pois uma vez que o Rio (e agora o mar), foi “colorido”, essa coloração impede a entrada da luz, que é o combustível da biodiversidade, ou seja, não só mataram o Rio, como tudo que está à sua volta. Resumindo, acabou-se o que era doce.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A PROFECIA DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Imagens do Rio Doce em Colatina, Espírito Santo, antes e depois da tragédia.
Um Poema profético de Carlos Drummond de Andrade, publicado em 1984 e que parece, que foi escrito na semana passada.

O Rio? É Doce.
A Vale? Amarga.
Ai, antes fosse
Mais leve a carga
Entre estatais e multinacionais
Quantos ais!
A dívida interna.
A dívida externa.
A dívida eterna.
Quantas toneladas exportamos
De ferro?
Quantas lágrimas disfarçamos
Sem berro?

(Carlos Drummond de Andrade) 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

MARIANA

De Ricco Duarte
MARIANA

Chora o mundo por Paris
A cidade que o mundo inteiro ama
A morte nos ronda como uma meretriz
Seja no Brasil ou na França
Mas bem distante dali
Coberto por um mar de lama
Chora um rio que já foi doce
Morto pela insanidade humana
Que também matou Bento
Marcos, Waldemir, Joana
Claúdio, Emanuelle, Sileno 
Os peixes, as frutas, as plantas 
Chora o mundo por Paris
E o coração do Brasil sangra
A morte não nos pegou por um triz
Mas acertou em cheio Mariana