Hoje é sábado, amanhã é domingo
Não há nada como o tempo para passar
Foi muita bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo
Mas por via das dúvidas livrai-nos meu Deus de todo mal.
Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguém bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado.
Impossível fugir a essa dura realidade
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas
Todos os maridos estão funcionando regularmente
Todas as mulheres estão atentas
Porque hoje é sábado.
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segunda-feira, 10 de abril de 2017
terça-feira, 21 de março de 2017
O REI OUTONO
De Ricco Duarte
O REI OUTONO
Pode chegar
seja bem-vindo
não tenha pressa de partir
lave as manhãs de azul
amarele o verde das folhas
e depois, deixe-as cair
sopre a tua brisa suave
para que a vida se enxágue
do suor que nos tirou o sono
seja do Rio de janeiro o dono
com a claridade dos teus dias
e as tuas noites de céu limpo
Tu és o rei outono!
quisera eu
que você fosse infinito
mas por enquanto
faz desse lugar que já é belo
ainda mais bonito.
O REI OUTONO
Pode chegar
seja bem-vindo
não tenha pressa de partir
lave as manhãs de azul
amarele o verde das folhas
e depois, deixe-as cair
sopre a tua brisa suave
para que a vida se enxágue
do suor que nos tirou o sono
seja do Rio de janeiro o dono
com a claridade dos teus dias
e as tuas noites de céu limpo
Tu és o rei outono!
quisera eu
que você fosse infinito
mas por enquanto
faz desse lugar que já é belo
ainda mais bonito.
domingo, 13 de novembro de 2016
A VOZ DO TEMPO
De Ricco Duarte
A VOZ DO TEMPO
Escute a voz do tempo
dizendo adiante
é sempre adiante
que o tempo diz
siga essa voz
a todo instante
que ela garante
te fazer feliz
a vida as vezes cai
numa ribanceira
quando a gente olha
ela diz: já fui
o jeito é levantar
limpando a poeira
pois depois do agora
há luz
terça-feira, 7 de junho de 2016
E ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE
Foto tirada por mim, no Zoo de Honolulu, Hawaii, em 2003. |
Ontem, na madrugada insone, assisti a um documentário sobre as duas grandes guerras mundiais e cheguei a conclusão de que a humanidade não deu certo. Somos burros, auto destrutivos e ainda assim caminhamos, repetindo sempre os mesmos erros. E isso inspirou esses versinhos:
De Ricco DuarteA PASSOS LENTOS
E assim caminha a humanidade
Fodendo e procriando
Procriando e se fudendo
Andando em círculos
A passos lentos.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
AS ENGOLIDORAS DE FALO
De Ricco Duarte
AS ENGOLIDORAS DE FALO
Elas são de morte.
Para escapar da fome
casam com um cara trabalhador
que se mata de trabalhar
pensando ter casado por amor.
Para assegurar o seu futuro
elas tem com esse cara
filhos sem dó
que elas acreditam serem só seus
principalmente os homens
pois as engolidoras de falo
tem como missão
anular a figura masculina
para se tornar o macho alfa da família.
De maneira figurada
elas engolem tudo à sua volta
para vomitar adiante
pragas aos quatro ventos
e cuspir fogo
de lágrimas falsas.
Depois
fingidas
pedem perdão a deus
e colocam a culpa dos seus atos no diabo
para quem rezam às escondidas
todos as noites.
As engolidoras de falo
não dão mole
são mórbidas
e costumam morrer diariamente
para se safarem de seus maus feitos
e despertarem sonsas e fortes
mais na frente.
E assim
se ninguém abrir o olho
elas vão ficando com tudo
a casa
o carro
os filhos
o nome
os amigos
os crentes
e os ateus
pois para as engolidoras de falo
todo mundo é fariseu
todo mundo é fariseu
sem perdão
nem alegria
apenas com uma conta corrente
que elas vão tomar conta um dia.
nem alegria
apenas com uma conta corrente
que elas vão tomar conta um dia.
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terça-feira, 15 de dezembro de 2015
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
A PROFECIA DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Imagens do Rio Doce em Colatina, Espírito Santo, antes e depois da tragédia. |
O Rio? É Doce.
A Vale? Amarga.
Ai, antes fosse
Mais leve a carga
Entre estatais e multinacionais
Quantos ais!
A dívida interna.
A dívida externa.
A dívida eterna.
Quantas toneladas exportamos
De ferro?
Quantas lágrimas disfarçamos
Sem berro?
(Carlos Drummond de Andrade)
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
AFINAL, SÓ DÓI QUANDO EU RESPIRO
Imagem do Livro "Só dói quando eu respiro" do artista gráfico Caulos |
De Ricco Duarte
AFINAL, SÓ DÓI QUANDO EU RESPIRO
O homem pedindo esmola na rua
e a mulher grávida também
tiraram o pão da boca do povo
roubaram milhões
e a presidente diz amém
a nossa conta bancária está nua
todos os dias esse vai e vem
a gente não tem onde cair morto
se você morrer de fome
eu também morrerei
então onde vamos parar?
pergunta a criança sem alegria
olho para ela e respondo intranquilo
o roubo não causa mais espanto
do que o tiro que lhe tira a vida
se está tudo pela hora da morte
e escuro em plena luz do dia
eu abro a boca e insisto
é tão criminoso o colarinho branco
quanto aquele que aceita essa lida
quase não durmo pensando
na dor que aqui dentro eu sinto
ergo a cabeça e me levanto
deve haver um remédio para isso
afinal, só dói quando eu respiro
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
EU TENHO PREGUIÇA
Segunda-feira, dia da preguiça. Começar uma nova semana sempre desperta em boa parte das pessoas, uma preguiça da rotina do dia a dia. Pensando nisso escrevi esses versos para tentar dizer, do que realmente eu tenho preguiça.
De Ricco Duarte
EU TENHO PREGUIÇA
EU TENHO PREGUIÇA
DE ACORDAR CEDO
DE FICAR VELHO
E DE SENTIR MEDO
EU TENHO PREGUIÇA
DE ENTRISTECER
DE FICAR SÓBRIO
E DE SOFRER
TER PREGUIÇA PARA MIM
É COISA MUITO SÉRIA
POIS SE A VIDA ME ABORRECE
EU TIRO FÉRIAS
DE ACORDAR CEDO
DE FICAR VELHO
E DE SENTIR MEDO
EU TENHO PREGUIÇA
DE ENTRISTECER
DE FICAR SÓBRIO
E DE SOFRER
TER PREGUIÇA PARA MIM
É COISA MUITO SÉRIA
POIS SE A VIDA ME ABORRECE
EU TIRO FÉRIAS
sábado, 25 de julho de 2015
segunda-feira, 15 de junho de 2015
O CORTEJO
De Ricco Duarte
O CORTEJO
Enquanto o cortejo segue sem pressa
pelas aléias do campo santo
os cortejantes falam baixinho
para não atrapalhar o sono do cortejado
uns tecem loas à sua memória
outros fazem cálculos exagerados
de quanto o falecido deixou
para a viúva que vai na frente
derramando lágrimas pelo seu amado
os filhos que estão dois passos atrás
vão de mãos dadas movidos pela dor
já sabendo que logo estarão separados
pelos bens do genitor
e assim
como tudo que a vida persegue
como tudo que a vida persegue
o cortejo vai devagarinho
sem hora marcada para acabar
sem hora marcada para acabar
o corpo do morto está morto
isto é certo
mas nem depois de enterrado
sua alma
caso exista
poderá descansar em paz
mesmo não tendo tido morte violenta
e tendo partido por causas naturais
ele terá sua intimidade violada
seus segredos revelados
sua viúva outros donos
seus filhos outros sonhos
e tudo o mais no futuro
será passado
enquanto no presente
o cortejo segue lentamente
a vida toma um destino ignorado
quinta-feira, 11 de junho de 2015
O ALVO
De Ricco Duarte
O ALVO
HOJE EU PLANTEI UM PÉ
DE COMIGO NINGUÉM PODE
NA JANELA DA MINHA SALA
PRA VIDA DAR UM SACODE
E DESENCARDIR A ALMA
HOJE EU FALEI BEM ALTO
CHEGA DE BALA PERDIDA
CHEGA DE VIVER SEM CALMA
CHEGA DO VENENO DA MENTIRA
E DA PALAVRA QUE NOS MALTRATA
HOJE EU QUERO MANTER O FOCO
E PRESTAR ATENÇÃO NA ESTRADA
SÓ ASSIM ESTAREI A SALVO
POIS QUEM DÁ TIRO PRA TODO LADO
NUNCA ACERTA O ALVO
domingo, 17 de maio de 2015
AS HORAS
De Ricco Duarte
AS HORAS
- VAMOS JOGAR FORA?
- JOGAR FORA O QUE?
- AS HORAS
- AS HORAS? TODAS AS HORAS?
-TODAS AS HORAS NÃO. VAMOS JOGAR FORA SOMENTE AS HORAS DIFÍCEIS. AQUELAS QUE NÃO FOMOS FELIZES. AS QUE SOFREMOS. AQUELAS HORAS TRISTES.
- E O QUE FAZEMOS COM AS OUTRAS?
- QUE OUTRAS?
-AS FEBRIS, AQUELAS QUE QUEIMÁVAMOS POR DENTRO SÓ DE OLHAR UM PARA O OUTRO. AS QUE SORRIMOS, AS QUE NOS BEIJAMOS E NOS ABRAÇAMOS ALEGREMENTE.
- AH TÁ, AS HORAS CONTENTES. VAMOS VIVÊ-LAS AGORA E SEGUIR EM FRENTE.quinta-feira, 14 de maio de 2015
A PEDRA QUE AFASTA A INVEJA
De Ricco Duarte
A PEDRA QUE AFASTA A INVEJA
Olho para tudo
com paciência e pena
sou um homem que não reza
pois para muitos
estar vivo é uma sentença
e neste caminho não há festa
mas para os poucos
cujo viver é uma prenda
cheia de uma alegria que não cessa
desejo uma onix
negra como uma venda
pois ela é a pedra que afasta a inveja
terça-feira, 12 de maio de 2015
A VIDA POR UM FIO
De Ricco Duarte
A VIDA POR UM FIO
Hoje acordei naqueles dias
que eu não me suporto
onde a vida não vê poesia
o pensamento é torto
em dias como este
melhor não sair da cama
e fazer do cobertor a veste
que vai aquecer o pijama
droga de dia nublado
triste é o coração sem brio
quando o paciente entubado
tem a vida por um fio
sábado, 9 de maio de 2015
O MEU CORAÇÃO VALENTE
De Ricco Duarte
O MEU CORAÇÃO VALENTE
A vida me ensinou
a seguir em frente
a não sentir rancor
e a viver bem contente
porisso mesmo eu vou
antes que ela me tire
tudo o que eu vi de bom
com a cor da minha íris
A música que me levou
pelos cincos continentes
foi sem dúvida o melhor
e o que eu vou guardar pra sempre
é o que vai morrer comigo
pois só a mim pertence
assim como o meu sorriso
e o meu coração valente
segunda-feira, 30 de março de 2015
AS NOITES QUE EU PASSO EM CLARO
De Ricco Duarte
AS NOITES QUE EU PASSO EM CLARO
NAS NOITES QUE EU PASSO EM CLARO
MEUS DIAS NUNCA TERMINAM
PRA LÁ DE DEPOIS EU ALMOÇO
E QUANDO VOU JANTAR JÁ É DIA
NAS NOITES QUE EU PASSO EM CLARO
VEJO QUE AS ESTRELAS ME GUIAM
MESMO COM O CÉU NUBLADO
OU NAS MADRUGADAS FRIAS
POR ISSO EU ME DECLARO
PARA AQUELES QUE ACREDITAM
QUA AS NOITES QUE EU PASSO EM CLARO
SÃO AS QUE MAIS ME DÃO ALEGRIA
VEJO QUE AS ESTRELAS ME GUIAM
MESMO COM O CÉU NUBLADO
OU NAS MADRUGADAS FRIAS
POR ISSO EU ME DECLARO
PARA AQUELES QUE ACREDITAM
QUA AS NOITES QUE EU PASSO EM CLARO
SÃO AS QUE MAIS ME DÃO ALEGRIA
sexta-feira, 6 de março de 2015
DOS TEUS OLHOS AZUIS NÃO RECLAMO
De Ricco Duarte
DOS TEUS OLHOS AZUIS NÃO RECLAMO
Reclamo da vida
da carestia
da solidão
do passar dos anos
fico parado pensando
como foi que eu perdi
e quando?
mas dos teus olhos azuis não reclamo
Reclamo da noite
do calor do dia
da contramão
e do trânsito
fico com raiva da lua
que não ilumina
o meu canto
mas dos teus olhos azuis não reclamo
Dos teus olhos azuis
vem a calma
a única luz
da minh’alma
o meu lugar de descanso.
e sempre perto do fim
eu te chamo
pois dos teus olhos azuis não reclamo
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
SER HUMANO
Enquanto ia para a cidade, dentro do metrô, no vagão que me cabia, escreví esses versos, observando e escutando a fauna irmã.
Ps: Por aqui passaram, Augusto dos Anjos e muitos outros afins...
Ps: Por aqui passaram, Augusto dos Anjos e muitos outros afins...
De Ricco Duarte
SER HUMANO
SER HUMANO
É ESTAR EM CONSTANTE CONTRADIÇÃO
UM OLHO NA SANTIDADE
OUTRO NA PROFANAÇÃO
SE UM OUVIDO
NEGA A ATIVIDADE
O OUTRO AFIRMA A AÇÃO
E MESMO QUE O CORAÇÃO PENSE
AMAR A QUEM QUER QUE SEJA
ENQUANTO UMA MÃO ACARICIA
A OUTRA APEDREJA
E A MESMA BOCA QUE COSPE
É A QUE BEIJA.
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