Nascido em uma família católica, Vinícius no fundo, não tinha uma religião, mas dizia que era melhor acreditar do que ser incrédulo. Ao casar com a sua sétima mulher, a atriz baiana Gesse Gessy, o poeta se mudou de mala e cuia para a Bahia e fez como diz o ditado, uma vez na Bahia, faça como os baianos. Vinícius frequentou o Terreiro de Mãe Menininha do Gantois, se tornou filho de Oxossi e se auto intitulou o branco mais preto do Brasil. A cerimônia de casamento, embora Gesse tenha declarado recentemente que foi uma cerimônia cigana, foi sem dúvida, uma cerimônia bem baiana, como se vê na foto, todos de branco, como manda o figurino candomblecista e tendo como padrinhos, nada mais nada menos que o escritor Jorge Amado, um dos Obás de Xangô do Terreiro de Mãe Menininha, e a sua mulher Zélia Gattai. Saravá prá que é de saravá!
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domingo, 13 de outubro de 2013
terça-feira, 17 de setembro de 2013
O MEU PÉ DE LARANJA LIMA
Na casa da minha infância, situada em uma rua de chão batido, havia logo na entrada, do lado esquerdo, uma sala onde tinha um piano, e uma estante enorme, cheia de livros e enciclopédias. Em frente à estante, ficava um sofá, onde eu passava horas lendo, ao invés de ir brincar com as outras crianças na rua de chão batido. Por ali, além das enciclopédias, passeavam toda a coleção de Jorge Amado e muitos outros livros de toda sorte de temas. Mas o meu preferido era "O meu pé de laranja lima" de José Mauro de Vasconcelos, que contava a infância do autor, no subúrbio do Rio de janeiro. Lembro da influência da leitura na minha vida e em especial daquele livro, um dos mais vendidos no Brasil, traduzido em 52 idiomas, e que virou filme, cuja primeira adaptação para o cinema, acabei de assistir no Canal Brasil.
Reencontrar "Zezé", o garoto prodígio e inteligente, com quem tanto me identifiquei na infância, foi muito mais que voltar no tempo, foi como se eu pudesse entender o tempo e como aquele garoto, cujo melhor amigo era um pé de laranja lima, que tinha uma imaginação fértil, que pensava como adulto e era extremamente sensível, pôde determinar o adulto que eu viria ser mais tarde. Mais tarde vieram outras leituras marcantes, mas o meu pé de laranja lima segue vivo, no Zezé que habita em mim.
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sexta-feira, 10 de agosto de 2012
SALVE O JORGE MAIS AMADO DO BRASIL
Em 10 de agosto de 1912, nascia em Itabuna, Bahia, o mestre do romance ficcional brasileiro. Jorge Leal Amado de Faria, fez e aconteceu nos quase noventa anos que andou por essa terra de meu Deus. Escritor e jornalista, Jorge amado, também foi deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro e apesar de se dizer materialista, exerceu o posto de honra de "Obá de Xangô" do Ilê Opó Afonjá, o terreiro de candomblé mais antigo do Brasil. A sua extensa obra foi editada em 55 países e traduzida para 49 idiomas, existindo também exemplares em braille. É o autor brasileiro mais adaptado para a televisão e teve também inúmeras adaptações para o cinema e o teatro.
Jorge do país do carnaval, fruto do suor do cacau, foi um velho marinheiro que navegou pela estrada do mar, mar morto da Bahia de todos os santos, dos capitães de areia, dos pastores da noite, da tenda dos milagres. Esse menino grapiúna, de São Jorge dos Ilhéus, foi de Dona flor, de Tieta, de Teresa Batista, de Gabriela, cravo e canela. Jorge foi o cavaleiro da esperança, compadre de Ogum, que percorreu os subterrâneos da liberdade, sonhando com um mundo de paz. Jorge é imortal, é o milagre dos pássaros mais bonito que já se viu. Salve o Jorge mais amado do Brasil!
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