Já vai longe o tempo em que eu tinha tempo de sobra e pensava que a vida era para sempre. Mas apesar da dura realidade da vida adulta, com suas responsabilidades e cobranças, mantenho comigo o incorrigível hábito de sonhar. É o que me mantém vivo e de pé. Portanto nunca é demais lembrar a todas as crianças, de todas as idades, acreditem nos seus sonhos, um dia, inevitavelmente, eles se tornarão realidade. Feliz dia das crianças para todos nós.
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segunda-feira, 12 de outubro de 2015
sábado, 25 de janeiro de 2014
EU DESISTI DE VOCÊ
É possível "desamar" alguém que você um dia tanto amou? Eu digo que sim, o amor é mutável sim, e em se tratando de seres humanos, esses eternos e surpreendentes desconhecidos, então nem se fala. Você pensa que conhece bem uma pessoa, ama aquela pessoa e de repente, ou aos poucos (o processo pode ser demorado), vai descobrindo que não conhecia aquela pessoa que você pensava que amava e o que é pior, pensava que era amado por ela também. E aí ela se torna o pior desconhecido, que é justamente aquele que você pensou que tanto conhecia, as vezes por uma vida inteira. Mas enfim, parafraseando Dalai Lama, "tem coisas que a gente não perde, se livra". Eu me livrei do meu pior desconhecido com poesia. Siga em paz.
`EU DESISTI DE VOCÊ
Ricco Duarte
EU DESISTI DE VOCÊ
DOS SEUS MEDOS
DOS SEUS DRAMAS
DOS SEUS ERROS
DAS SUAS TRAMAS
DOS SEUS ATOS E OMISSÕES
DO SEU SILÊNCIO
E DAS SUAS TRAIÇÕES.
EU DESISTI DE VOCÊ
PARA ME RECUPERAR
E ESQUECER DE ME LEMBRAR
DOS SEUS AIS
DAS SUAS MENTIRAS
DAS SUA LÁGRIMAS FINGIDAS
QUE DE AGORA EM DIANTE
NÃO ME PERTENCEM MAIS.
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
MORRER É FÁCIL, DIFÍCIL É VIVER
Quando eu tinha 13 anos, caí na real de que a morte era inevitável para todos nós e naquele momento, resolvi não levar mais nada a sério. Até os treze anos de idade eu achava que só quem morria eram os velhos, até que o filho da violinista que morava em frente, morreu atropelado aos nove anos de idade e a filha da vizinha da casa ao lado, faleceu vítima de uma gripe misteriosa, aos oito anos. Aquelas duas mortes me acordaram para a realidade de que morrer é inevitável. A vida então perdeu o sentido, porque para mim não fazia sentido algum viver para morrer, já que a vida era, até então, muito boa. Lembro de uma noite, em que eu estava angustiado com o assunto e perguntei ao meu irmão mais velho, se era verdade de que todos nós iríamos morrer um dia. Ele sorriu, provavelmente me achando um retardado, pois naquela idade, ainda não havia me dado conta disso, e respondeu secamente, é sim, todos nós vamos morrer um dia.
Não crescí com medo da morte, porque treinamos para encontrá-la todos os dias quando vamos dormir, mas crescí com raiva da vida e me tornei uma pessoa irresponsável até hoje. Foi a maneira que encontrei para driblar a crueldade, os jogos de interesse, as traições, o ódio, a pervesidade, a hipocrisia, a injustiça, cada vez mais presentes no coração dos homens. Desde aquele tempo então, vivo a vida irresponsavelmente, sem olhar para o futuro, porque sei que o futuro não vai dar objetivamente em nenhum lugar. Passei a observar mais os humanos e cada vez mais eu gosto menos deles, e viver às vezes, é tão difícil, que fui desenvolvendo uma mania de contar os dias para que o final, qualquer final, fosse de um curso, de um contrato de trabalho, de uma relação afetiva, chegasse logo ao fim, sim porque se tudo tem que ter um fim um dia, que esse dia chegue logo. Desde os meus treze anos, e lá já se vão muitos outros treze, observando como nós vivemos e vendo muitos de nós morrendo, aprendi que a morte é rápida e salvadora, mesmo aquelas que ocorrem depois de uma longa enfermidade e que quando finalmente chegam, são recebidas como um prêmio. Eu tenho a convicção de que morrer é fácil, difícil é viver.
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