Em março de 1964, logo após ao carnaval, as forças armadas, tomaram o poder e a ditadura militar governou o país por mais de vinte anos. No ano seguinte, 15 dias antes do carnaval, em Ipanema, Rio de janeiro e alto-falante desta nação, foi criada a Banda de Ipanema, como o primeiro grito de rebeldia, àquela ditadura que proíbia tudo, principalmente o livre direito de expressão de um povo. Foi-se a ditadura e a banda de Ipanema continua mandando no pedaço, abrindo oficialmente o carnaval de rua do Rio e porque não dizer, do Brasil.
Mais uma vez, dezenas de milhares de cariocas de todas as partes do mundo, saíram pelas ruas do bairro mais charmoso do Rio, para esbanjar alegria e celebrar a nossa festa maior, o carnaval. Homos, heteros, "bis", "trans", "pans", jovens, velhos, crianças, gente de todas as cores e tribos, cantaram e dançaram ao som de antigos e eternos sambas e marchinhas, numa demonstração única de democracia e civilidade. Salve a Banda de Ipanema, no seu quadragésimo sexto desfile! Que seja assim para sempre e que a alegria reine entre nós até a quarta feira de cinzas. Evoé!