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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

E A EMOÇÃO FLORESCEU...


Em uma noite cheia de tropeços e que teve até um "samba-frevo", esperamos até quase o amanhecer para enfim soltar o grito de "é campeã!"
A Vila Isabel foi absoluta. Embalada pelo samba maravilhoso de Martinho da Vila, Arlindo Cruz e parceiros, a escola de Noel, contou a história do Brasil rural, botou água no feijão, fez o público delirar e aplaudir de pé o colorido e perfeito carnaval de Rosa Magalhães. 
A São Clemente abriu a noite com as novelas da Globo e fez um desfile desanimado, cheio de erros, alas vazias e carros inacabados. A Mangueira perdeu para ela mesma. Homenageou Cuiabá lindamente, mas exagerou nas longas paradinhas das suas duas baterias, errou na evolução, na harmonia e atrasou 6 minutos. A Beija Flor contou a história do cavalo e a Imperatriz falou do Pará, mas ambas abriram enormes buracos durante o desfile. A Grande Rio falou do petróleo, seus benefícios e danos, mas o samba aceleradíssimo, quase um frevo, pode tirar o tão sonhado título da escola de Caxias, que correu do início ao fim. No final, a emoção floresceu e a Vila saiu da avenida aclamada pelo público, que cantou feliz: "Vila, chão da poesia, celeiro de bambas."

domingo, 6 de janeiro de 2013

VILA, CHÃO DA POESIA!


"De noite vai ter cantoria e está chegando o povo do samba
  É a Vila, chão da poesia, celeiro de bamba."
(Martinho da Vila, Arlindo Cruz e parceiros)

Dizem que um bom samba é meio caminho andado para ganhar o carnaval. Pode ser, o certo é que só por esses versos, o samba da Vila Isabel já se credencia a ganhar o estandarte de ouro de melhor samba enredo de 2013. Bambas como Martinho e Arlindo se uniram e fizeram um samba que contagia e faz o povo sorrir. Ontem no ensaio de quadra da Vila Isabel, pude ver, salgueirenses, portelenses e torcedores de outras escolas, cantando a plenos pulmões esse samba feliz, que fala do Brasil rural, de forte identidade popular e que pode levar a escola de Vila Isabel a mais um título.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A FALTA DE INSPIRAÇÃO DOS SAMBAS ENREDO DE 2013


Já vai longe o tempo em que os sambas de enredo das escolas de samba do Rio de janeiro ficavam na história. Em 2013 a coisa vai estar prá lá de chata, e a chatice já começa na escolha do enredo. No rastro dos enredos patrocinados vai ter escola que vai homenagear a super animada Coréia do sul e a cheia de molejo Alemanha, vai cair no samba da Unidos da Tijuca. A Mangueira vai homenagear Cuiabá e levará para a avenida o pior samba de todos os tempos, que já começa assim: "Dai-me inspiração oh pai!". O resto do samba faz jus a primeira sílaba da cidade homenageada. A Mocidade vai falar do Rock in Rio, a Imperatriz falará do Pará e até o "Pré sal" vai cair no samba lá na Grande Rio.  O cavalo também será homenageado, na Beija Flor, cujo o samba é uma repetição do que a escola sempre apresenta. 
A querida União da Ilha escolheu o melhor enredo, e homenageará Vinícius de Moraes no ano do centenário do poeta, mas o samba escolhido deve estar fazendo o Vinícius se revirar na tumba. A super simpática São Clemente, falará das novelas da Rede Globo e optou por juntar dois sambas concorrentes, o que resultou em uma parceria de sete compositores, coisa normal no mundo do samba. O curioso é que apesar de batido, o resultado final tem apelo popular e pode até funcionar na avenida. 
Salvam-se portanto os sambas da Vila Isabel, do Salgueiro e o  bonito samba da Portela. A Vila "canta o Brasil, celeiro do mundo" e a parceria de Martinho da Vila com Arlindo Cruz deu super certo, o samba ficou redondo e vai levantar a avenida. O meu Salgueiro trará o enredo "Fama" e o Marcelo Motta e parceiros acertaram a mão mais uma vez, com um samba cheio de suíngue, que se não chega a ser genial é pelo menos diferente da mesmice dos demais. A Portela fala de Madureira, terra de bambas e não poderia errar, Wanderley Monteiro e parceiros mandam "abrir a roda que chegou Madureira e a poeira já vai levantar".  Certamente um desses três sambas levará o Estandarte de ouro, mas ainda estão longe de entrar para história.