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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

MADUREIRA NUNCA MAIS SERÁ A MESMA

Quando você pensa que o já viu tudo do Paulo Barros, ele aparece com mais novidades, porque um gênio nunca esgota o seu repertório, renova. Sorte da Portela que está na fila há décadas esperando por um título. Paulo Barros fez a Sapucaí se mexer depois de três escolas cheias de erros. Não dá pra explicar, tem que ver para acreditar em um Poseidon voador, barco enfrentando um mar bravio, baianas em preto e branco nos fazendo entrar no túnel do tempo e o público aos 36 minutos de desfile gritando "é campeã". Depois dela teve a correta Imperatriz Leopoldinense com um samba enredo lindo e a super campeã Mangueira, homenageando a Deusa Maria Bethânia, mas depois de mais um show do Paulo Barros, Madureira nunca mais será a mesma. 

segunda-feira, 10 de junho de 2013

SABER VIVER, SEGUNDO VÓ LUCÍOLA DA MANGUEIRA


"Tem que saber viver, eu não sou boa, mas não vou me juntar com quem é pior do que eu"

(Vó Lucíola da Mangueira em depoimento no documentário "O samba que mora em mim" de Georgia Guerra-Peixe)
Foto: Rodrigues Moura / Viva favela

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

E A EMOÇÃO FLORESCEU...


Em uma noite cheia de tropeços e que teve até um "samba-frevo", esperamos até quase o amanhecer para enfim soltar o grito de "é campeã!"
A Vila Isabel foi absoluta. Embalada pelo samba maravilhoso de Martinho da Vila, Arlindo Cruz e parceiros, a escola de Noel, contou a história do Brasil rural, botou água no feijão, fez o público delirar e aplaudir de pé o colorido e perfeito carnaval de Rosa Magalhães. 
A São Clemente abriu a noite com as novelas da Globo e fez um desfile desanimado, cheio de erros, alas vazias e carros inacabados. A Mangueira perdeu para ela mesma. Homenageou Cuiabá lindamente, mas exagerou nas longas paradinhas das suas duas baterias, errou na evolução, na harmonia e atrasou 6 minutos. A Beija Flor contou a história do cavalo e a Imperatriz falou do Pará, mas ambas abriram enormes buracos durante o desfile. A Grande Rio falou do petróleo, seus benefícios e danos, mas o samba aceleradíssimo, quase um frevo, pode tirar o tão sonhado título da escola de Caxias, que correu do início ao fim. No final, a emoção floresceu e a Vila saiu da avenida aclamada pelo público, que cantou feliz: "Vila, chão da poesia, celeiro de bambas."

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A FALTA DE INSPIRAÇÃO DOS SAMBAS ENREDO DE 2013


Já vai longe o tempo em que os sambas de enredo das escolas de samba do Rio de janeiro ficavam na história. Em 2013 a coisa vai estar prá lá de chata, e a chatice já começa na escolha do enredo. No rastro dos enredos patrocinados vai ter escola que vai homenagear a super animada Coréia do sul e a cheia de molejo Alemanha, vai cair no samba da Unidos da Tijuca. A Mangueira vai homenagear Cuiabá e levará para a avenida o pior samba de todos os tempos, que já começa assim: "Dai-me inspiração oh pai!". O resto do samba faz jus a primeira sílaba da cidade homenageada. A Mocidade vai falar do Rock in Rio, a Imperatriz falará do Pará e até o "Pré sal" vai cair no samba lá na Grande Rio.  O cavalo também será homenageado, na Beija Flor, cujo o samba é uma repetição do que a escola sempre apresenta. 
A querida União da Ilha escolheu o melhor enredo, e homenageará Vinícius de Moraes no ano do centenário do poeta, mas o samba escolhido deve estar fazendo o Vinícius se revirar na tumba. A super simpática São Clemente, falará das novelas da Rede Globo e optou por juntar dois sambas concorrentes, o que resultou em uma parceria de sete compositores, coisa normal no mundo do samba. O curioso é que apesar de batido, o resultado final tem apelo popular e pode até funcionar na avenida. 
Salvam-se portanto os sambas da Vila Isabel, do Salgueiro e o  bonito samba da Portela. A Vila "canta o Brasil, celeiro do mundo" e a parceria de Martinho da Vila com Arlindo Cruz deu super certo, o samba ficou redondo e vai levantar a avenida. O meu Salgueiro trará o enredo "Fama" e o Marcelo Motta e parceiros acertaram a mão mais uma vez, com um samba cheio de suíngue, que se não chega a ser genial é pelo menos diferente da mesmice dos demais. A Portela fala de Madureira, terra de bambas e não poderia errar, Wanderley Monteiro e parceiros mandam "abrir a roda que chegou Madureira e a poeira já vai levantar".  Certamente um desses três sambas levará o Estandarte de ouro, mas ainda estão longe de entrar para história.

quarta-feira, 4 de julho de 2012